‘Ter e Ser’, exposição inédita do artista plástico cearense Luiz Hermano, entra em cartaz na Roberto Alban Galeria de Arte em março
A mostra conta com 28 obras que ficarão expostas entre os dias 27 de março e 28 de abril
“Neste contexto em que vivemos, o trabalho do artista Luiz Hermano quer apontar para esta emergência, de que consumismo e materialismo não satisfazem os nossos desejos pequenos e nem as necessidades maiores da humanidade. Pelo contrário, é responsável pela ansiedade e frustrações que vigoram na sociedade”. Essa e outras afirmações fazem parte do texto de apresentação que o historiador e diretor geral do Centro Cultural de São Paulo, Ricardo Resende, produziu sobre a exposição Ter e
Ser, mostra inédita do artista plástico cearense Luiz Hermano que ficará em cartaz na Roberto Alban Galeria de Arte a partir do dia 27 de março para convidados e do dia 28 de março a 28 de abril para o público.
Obras tendo como referência os carrinhos de compras compõem a maioria das criações que estarão expostas, em uma clara alusão ao objeto que projeta, imprime e representa o consumismo em nossa sociedade. “O desenho desses carrinhos de supermercado virou símbolo e indicador de compras nos sites de vendas da internet. Funcionam como ícones para assinalar o local onde se acumulam os produtos comprados. De alguma maneira representam a nossa ansiedade de consumo e o desejo desenfreado por comprar e comprar. Por fim, tornou-se símbolo do consumismo que assola a sociedade contemporânea. Consumir é uma nova forma de relacionar-se no século XXI”, explica Resende, que é curador da exposição.
As esculturas e instalações de Luiz Hermano, compostas por plástico, resina, arame, aço inox e alumínio, também farão parte da mostra. Também estará na exposição, a obra Totem, escultura que usa oito carrinhos de compras, em tamanho real, amarrados entre si.
A monumentalidade na obra de Luiz Hermano se apresenta em diversos espaços públicos no Brasil. Em São Paulo, nos jardins dos Museus de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo USP e de Arte Moderna de São Paulo, e no metrô (Estação República). Em Recife (PE), a obra Mandacaru, medindo 7 metros de altura, encontra-se exposta no Museu Cais do Sertão.
Sobre Luiz Hermano
Luiz Hermano Façanha Farias nasceu em 1954, em Preaoca, município de Cascavel, Ceará. Na infância, colecionava revistas em quadrinhos, fascículos de enciclopédias, almanaques e selos. No início da década de 1970, estuda filosofia em Fortaleza e, desde sempre, desenha. Em 1979, frequenta aulas de gravura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. No mesmo ano, transfere-se para São Paulo e, a convite de Pietro Maria Bardi, realiza a mostra Desenhos, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Em 1980 edita o álbum de gravuras intitulado O Universo. Em 1984, ao receber o Prêmio Chandon, viaja para Paris, onde realiza a exposição Individual na Galeria Debret. Em 1983, participa da 5ª Bienal Internacional de Seul e em 1986, da 2ª Bienal Pan-Americana de Havana, em 1986. Na década de 1980, dedica-se, sobretudo, à pintura. Nos anos de 1990, desenvolve obras tridimensionais utilizando materiais diversos, como cabaças naturais, fios de cobre, arame, capacitores eletrônicos, ligas de bronze, alumínio, peças de acrílico e vários tipos de peças industrializadas, deslocadas do cotidiano. Em 1987 expõe pinturas na 19ª Bienal Internacional de São Paulo e esculturas na 21ª edição do evento, em 1991. Apresenta em 1994, a mostra Esculturas para Vestir, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 2005, participa da exposição Discover Brazil, no Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha. Em 2008, realiza a exposição Templo do Corpo, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, sendo nesta ocasião publicado o livro: Luiz Hermano, com texto de Agnaldo Farias e Kátia Canto.
Sobre o curador Ricardo Resende
Ricardo Resende, mestre em História da Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), tem carreira centrada na área museológica. Trabalhou de 1988 a 2002, entre o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, quando desempenhou as funções de arte-educador, produtor de exposições, museógrafo, curador assistente e finalmente, curador de exposições. Desde 1996, é curador do Projeto Leonilson. De março de 2005 a março de 2007, foi diretor do Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, no Ceará. Em 2007 participou de residência artística, como crítico convidado do Lugar a Dudas, em Cali, Colômbia. De Janeiro de 2009 a junho de 2010, foi diretor do Centro de Artes Visuais da Fundação Nacional das Artes, do Ministério da Cultura. Atualmente é o diretor geral do Centro Cultural São Paulo, São Paulo. Como curador de exposições organizou a mostra Leonilson: sob o peso dos meus amores, em 2011; Sérvulo Esmeraldo, em 2011, na Pinacoteca do Estado de São Paulo; I FotoBienalMASP, em 2013, no Museu de Arte de São Paulo e no Museu Oscar Niemeyer.
Sobre a Roberto Alban Galeria de Arte
Fundada em 1989, em Salvador, a Roberto Alban Galeria de Arte tinha como objetivo difundir a Arte Moderna baiana e brasileira.
Em abril de 2013, a Galeria, dirigida por Cristina e Roberto Alban, inaugura seu novo espaço e com ele a sua nova proposta, difundir e promover a produção de arte contemporânea brasileira.
A nova sede da galeria com área de 1500m² , divididos em três pavimentos, foi especialmente projetada para receber exposições de diversas linguagens artísticas, destacando-se a sala de exposição principal com 140m² e pé direito de 8m, um espaço de acervo de 100m² e uma área ao ar livre para esculturas de grande porte e instalações.
Nesse novo momento, a Galeria atua com artistas renomados da arte contemporânea brasileira, como Raul Mourão, Elizabeth Jobim, Luiz Hermano, Gabriela Machado, além de incentivar a divulgação de artistas contemporâneos baianos, como Almandrade, Lara Viana, Willyams Martins e Vinícius S.A entre outros. Nosso objetivo é divulgar tais trabalhos perante as instituições, os colecionadores, os curadores e o publico em geral ,através da realização de exposições individuais e coletivas além da iniciativa de participar das principais feiras de arte.
Sabemos da importância de se inaugurar um ponto de inflexão sobre a arte contemporânea no nordeste. Ao mesmo tempo, nosso objetivo é proporcionar espaço e visibilidade para a arte contemporânea, promovendo o intercâmbio de artistas, curadores, críticos e colecionadores para que haja troca, circulação e produção de arte contemporânea para além do eixo sul/sudeste do Brasil.
Para fotos em alta resolução, favor solicitar através do e-mail marcia@textoecia.com.br l Crédito: Divulgação
Serviço
Exposição Ter e Ser – Luiz Hermano
Coquetel para Convidados
Data: 27 de março às 20h
Aberta ao público
Período: 27 de março a 28 de abril de 2014
Local: Roberto Alban Galeria de Arte - Rua Senta Pua nº 53, Ondina / Salvador / BA
Funcionamento: de segunda à sexta, das 10 às 19h / sábado, das 10h às 13h
Entrada Gratuita
Telefone: 71 3243-3982